segunda-feira, 26 de novembro de 2007

IMPORTÂNCIA DA MÚSICA

A música faz parte de nossa vida desde que estamos no ventre da mãe. Ouvimos e reagimos a ela.

Após o nascimento, conhecemos um repertório novo e ele vai fazendo parte de nossa vida, da vida da nossa família. Arriscamos alguns passos e cantamos imitando os grandes.

É música em casa, na TV, no carro, na rua, nas lojas, em épocas de festas, a do carro do gás, e assim vai.

Quando entramos na educação infantil aprendemos um repertório novo, com músicas escolhidas a dedo, para nosso desenvolvimento. Também nos divertimos com as brincadeiras de roda cantada.

Aprendemos a dançar e cantar músicas de acordo com as datas comemorativas. Reproduzimos algumas canções dos apresentadores de programas infantis ou de propagandas. Cantamos e bailamos.

O tempo vai passando e vamos recebendo a influência da mídia através das músicas mais tocadas e badaladas. Nossos pais acham isto muito bonito. Até compram os CDs que tanto queremos.

Acompanhamos novelas, seriados, minisséries, festivais. Muitas músicas nos chamam a atenção.

Ficamos adolescentes e rebeldes, gostamos de nos isolar. Agora é só rock.

Mas como tudo na vida passa e nós não vivemos sozinhos, aprendemos a gostar de bailão para acompanhar o namorado ou para “pegar uns corpos” como dizem.

Depois, durante a velhice, ficamos com os “recuerdos”.

Mas qual tipo de música, realmente, eu gosto? Eu conheço todos os tipos de música? O que é música, afinal?

A música tem grande importância na nossa vida, pois quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, a criatividade, inclusive dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta atividade com os alunos em sala de aula.

Tanto a música quanto a dança atuam no corpo despertando emoções, com isso ela equilibra as mudanças que ocorrem no nosso corpo, interferindo na receptividade sensorial e minimizando os efeitos de fadiga ou levando a fruição do aluno.

Sabe-se que a expressão musical exerce importante papel na ludicidade das crianças, ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, promove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética.

“A música como sempre esteve presente na vida dos seres humanos, ela também sempre está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de criação e recreação”. FARIA (2001, p. 24), A música, fator importante na aprendizagem. Assis Chateaubriand – Pr, 2001. 40f. Monografia (Especialização em Psicopedagogia)

As crianças gostam de acompanhar as músicas com movimentos do corpo, tais como palmas, sapateado, dança, volteios de cabeça, etc.

E a partir da relação entre o gesto e o som que a criança, ouvindo, cantando, imitando, dançando, constrói seu conhecimento sobre a música.

O educador, antes de transmitir uma cultura musical, deve conhecer o universo musical ao qual a criança esta inserida e propiciar atividades relacionadas com a descoberta e com a criação de novas formas de expressão.

Uma aprendizagem voltada somente para os aspectos técnicos da música pode ser fadada ao caos. Mas, se ela despertar o senso musical e desenvolver a sensibilidade, está sim será significativa.

A criança, até certo ponto, reproduz a própria história do desenvolvimento: ela cresce em seu conhecimento da música, descobrindo sons e ritmos, desenhando, experimentando e confeccionando instrumentos.

A música pode contribuir bastante para que ela se relacione com o mundo e seus semelhantes, expressando seus sentimentos e demonstrando como percebe seu meio.

“A música é uma linguagem expressiva e as canções são vínculos de emoções e sentimentos e podem fazer com que a criança reconheça nelas seu próprio sentir” (ROSA, 1990, p.19) ROSA, Nereide S. Santana. Educação musical para pré-escola. São Paulo: Ática, 1990.

O professor pode trabalhar a música em todas as áreas da educação, favorecendo a linguagem motora, o raciocínio, a memorização e a atenção. O simples ato de cantar propiciará esse desenvolvimento na criança.

A música tem papel fundamental no desenvolvimento e na formação do ser humano.

Estudiosos como Piaget e Jean Jacques Rousseau, ressaltam a importância da música na construção do conhecimento.

Luckesi nos agracia quando diz que o educando por ser um sujeito ativo, e pela ação, ao “mesmo tempo se constrói e se aliena”; é o sujeito que faz uma reflexão sobre sua ação, em busca de conhecimentos, habilidades e modos de agir.

O aluno não vai à escola para confirmar o que já sabe, mas sim para qualificar e alcançar níveis diferenciados para sua formação e cultura.

Por isso, temos que ter o cuidado e estar atentos sobre quais valores e tradições culturais devemos incluir nas atividades e quais devem ser excluídas; sobre quais as formas de conhecer e de aprender devemos privilegiar.

“Saber o que selecionamos e o que os alunos selecionam faz parte da nossa função de educar e aprender” (SOUZA, 1988, p.18) SOUZA, Jussamara. Transformações globais e respostas de Educação Musical. IN: Anais do 6º Simpósio Paranaense de Educação Musical. Apostila de musicalização na educação. Londrina, 1997.

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As crianças são atraídas pelo que lhes dá prazer, lhes causa excitação, e a escola precisa, por meio desse eixo, atrair constantemente os educandos para o mundo escolar e criar métodos que causem neles esse impacto da fruição em aprender.

Igualmente, faz-se necessário repensarmos nosso fazer pedagógico em busca de novas alternativas, para que a escola não perca seu encanto nem sua musicalidade.

domingo, 25 de novembro de 2007

LEITURA E ESCRITA

A escrita é um objeto interessante e a criança deve descobrir isso, para que possa se apropriar dela.

O que não podemos esquecer que a escrita representa a língua e não a fala.

Quando nossos alunos escrevem, fazem suas hipóteses de escrita, não podemos relacioná-las a sua fala podendo assim comprometer a aprendizagem.

Num lar onde as crianças têm contato com pessoas alfabetizadas, onde a leitura e a escrita ocorrem diariamente, torna–se mais fácil a aprendizagem, pois a escrita cumpre sua função social, há exemplos a ser seguidos.

Os pais têm papel importante no processo de alfabetização, pois podem auxiliar seus filhos na descoberta do código escrito.

Ainda, ao ler histórias e demais textos estabelecem uma relação entre a importância da leitura e da escrita para vida. Da mesma forma, propiciar momentos em que a criança possa escrever livremente, reproduzir a escrita, brincar, ser incentivado a isso.

Temos no grupo de alunos, um menino que veio do lar, pelo que nos foi passado, não teve contato com nenhuma escola infantil, nem com escrita e nem com leitura, teve seus progressos, porém estes não refletem uma aprendizagem a contento da professora, ele ainda não reconhece algumas letras, muito menos fazer associações, quanto a palavras, apresenta um repertório curtíssimo.

Preocupamo-nos muito com isso, pois pensamos que ele não descobriu a importância da escrita e a função social que ela exerce.

Percebemos que em casa os pais e demais familiares não estão contribuindo para que isso ocorra. E isto nos incomoda, pois queremos o sucesso de todos, mas nem todos conseguem atingir os objetivos propostos na série.

Numa mesma classe temos crianças com características totalmente diferentes uma das outras e, todas necessitam de um atendimento individualizado para que possam sanar suas dúvidas, ou provocar outras buscando uma reflexão por parte da criança sobre a suas hipóteses.

REPENSANDO A AVALIAÇÃO

Um instrumento que utilizamos para mensurar graus de conhecimento, a avaliação, tem sua importância e destaque no processo educacional.

Quando recebemos os alunos no início do ano, averiguamos qual a bagagem de conhecimento que ele traz consigo. Depois, analisamos os alunos em relação ao coletivo, sobre o domínio de conteúdos, processos mentais que realizam, sobre atitudes e mudanças evidenciadas.

Então, começamos a entender os nossos alunos e propiciar atividades que provoquem sua curiosidade, que os leve ao encontro do saber.

Para que a aprendizagem ocorra é necessário que o aluno não tenha medo de errar, de tentar, de ousar, de pensar, de refazer, de viver. Precisa ser algo que demande alegria e prazer, tanto para quem ensina, quanto para quem aprende.

“ O professor deve elogiar o aluno quando este obtiver sucesso na aprendizagem, e demonstrar interesse pelo aluno que não logrou êxito, incentivando-o e dando-lhe liberdade para que com outras alternativas, obtenha o resultado certo.” (Sant’Anna, p. 15)

Então, chega o momento em que é necessário fazer uma avaliação, mensurar, classificar.

Nesse sentido, a avaliação não deve ser vista ou usada como algo para ralar os alunos bagunceiros ou beneficiar os mais bonzinhos. Ela deve ser o retrato fiel da construção do conhecimento, as superações de etapas e dificuldades, mudanças de comportamentos.

“Avaliar significa atribuir um valor, não implica em desvalorização.” (Sant’Anna, p.16)

Uma prática muito boa é a auto-avaliação para todos os envolvidos nesse processo.

Saber-se avaliar, quão foi seu comprometimento no processo de ensino-aprendizagem, para após uma boa reflexão, dar prosseguimento a jornada com mais tranquilidade.

Por isso, a avaliação deve ser mais justa, mais digna e humana. Usar ações que realmente irão nortear a aprendizagem e critérios que irão orientar uma boa avaliação.

Este tema é muito instigante, pelo fato de que, nunca estamos seguros quanto à avaliação que fazemos. Não podemos pensar só com a razão. Há todo um histórico, uma caminhada a ser analisada sobre os progressos dos alunos. O que pode impedir um processo normal é o ritmo próprio de cada indivíduo. E isso deve estar bem claro para nós professores quanto para os pais. Os castigos provenientes de uma não aprendizagem podem melindrar ainda mais o quadro daquele aluno que o apresenta. Por isso, pais e professores devem estar sempre em contato para analisar os progressos das suas crianças, para entender, e buscar juntos o sucesso dos mesmos.

sábado, 24 de novembro de 2007

REFLEXÃO SOBRE O FAZER PEDAGÓGICO

Constantemente, nos pegamos refletindo sobre quais as práticas que norteiam o nosso trabalho. Acreditamos que estas e outras reflexões façam parte do dia-a-dia do professor que busca uma postura diferenciada para poder atender a demanda.
É importante sabermos quais as concepções de educação, quem faz ou quem participa do processo, como realiza ou constrói o conhecimento, embasado em que... Estas são perguntas que desacomodam nossa prática. Nesse sentido retrocedemos no tempo e lembramos de várias situações onde não soubemos administrar com sucesso, ou melhor, falhamos. Sabemos que, assim como os alunos, nós também, desenvolvemos aprendizagens e conhecimentos e isto é uma constante, porém devemos ter cuidado, pois lidamos com crianças e adolescentes.
Toda essa gama de informações que nos são apresentadas nos pressiona para buscarmos instrumentos e efetivarmos nossa prática pedagógica. Resta-nos realmente, encararmos o desafio de construir novas bases para uma ação pedagógica conjunta, com princípios descentralizadores e flexíveis que contemplem os eixos da autonomia e da participação responsável.
O saber (fatos e conceitos), o saber fazer (procedimentos) e o ser/conviver (valores, atividades, normas) deverão estar presentes no planejamento do educador, servindo de elementos de auto-formação, na medida em que possibilita o pensar mais sistematizado sobre a realidade, sobre a proposta, sobre a prática pedagógica.
Cabe, então, ao educador resgatar o seu saber docente, a sua cultura pedagógica e de seu grupo e sua condição de sujeito de transformação.
Quando foi implementado, o Referencial Curricular Nacional, através do PRC, nos seus princípios e fundamentos teóricos, este primou por uma educação compatível com as necessidades da sociedade, por isso deu "asas" para a escola, que sempre almejou e lutou por um espaço na construção de uma escola que seja o centro de aprendizagens compartilhadas, que construa o seu próprio projeto de vida e que reflita a sua interação com a comunidade e com seu tempo.
Agora este espaço faz parte das instituições de educação, basta colocá-lo em prática, sendo o educador co-responsável por esta dinâmica e devido a isto deve estar sempre preparado.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O BRINQUEDO FAZ PARTE

Nunca dei o devido valor ao brinquedo, principalmente na sala de aula. Não tenho um conhecimento amplo a cerca da ludicidade, mas já percebi que o brinquedo faz parte da realidade da criança e influencia seu aprendizado. Verifiquei que quando introduzi o brinquedo na sala de aula os alunos desenvolveram mais concentração. A linguagem começou a ficar mais significativa, pois construímos conceitos em cima das brincadeiras e dos brinquedos.

Reciclamos, criando brinquedos com sucata. Aproveitando, criamos regras para brincadeiras inventadas com ele. Além de educativo, foi muito prazeroso.

Assim, pretendo dar continuidade na construção de brinquedos e junto com os alunos, fomentando a criatividade, o trabalho coletivo, o desenvolvimento de habilidades e do conhecimento.

Em casa, quando meus filhos eram pequenos, os brinquedos não duravam muito. Quando visitava outras pessoas e eles mostravam aquela quantidade de brinquedos, quase novos, dentro das caixas, pensava que eu não educara corretamente meus filhos quanto ao cuidado com os brinquedos. Agora, percebo que não estava tão errada e que o “estragar” faz parte da nossa vida. O que precisamos é encontrar alternativas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Projeto Político-pedagógico

Navegando no Google, garimpando os assuntos que estudamos encontrei um artigo de Paulo Roberto Padilha que trata sobre Projeto Político-pedagógico - Caminho para uma Escola Cidadã mais bela, prazerosa e aprendente, que no seu primeiro parágrafo, com uma linguagem simples e de fácil entendimento para todos, reflete o meu pensamento sobre o PPP, inclusive já comentado em outra ocasião:

"
O projeto político-pedagógico (PPP) da escola pode ser inicialmente entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro, que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Sua dimensão político-pedagógica pressupõe uma construção participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares. Ao desenvolvê-lo, as pessoas ressignificam suas experiências, refletem suas práticas, resgatam, reafirmam e atualizam valores, explicitam seus sonhos e utopias, demonstram seus saberes, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmam suas identidades, estabelecem novas relações de convivência e indicam um horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ação. Este movimento visa à promoção da transformação necessária e desejada pelo coletivo escolar e comunitário. Nesse sentido, o projeto político-pedagógico é praxis, ou seja, ação humana transformadora, resultado de um planejamento dialógico, resistência e alternativa ao projeto de escola e de sociedade burocrático, centralizado e descendente. Ele é movimento de ação-reflexão-ação, que enfatiza o grau de influência que as decisões tomadas na escola exercem nos demais níveis educacionais."

Penso que devia contemplá-lo no blog, uma vez que temos a tarefa de rever o PPP, anualmente, buscando atualizá-lo conforme as necessidades da comunidade escolar. Sou simpatizante do resgate de valores já quase esquecidos ou substituídos pela globalização e pela velocidade das informações. As pessoas não tiram tempo para observar, refletir, ressignificar. Claro que, devemos acompanhar a tecnologia, mas não esquecer da nossa principal condição humana: o ser, o relacionar-se, o com(n)viver, ainda mais dentro de uma escola onde temos a oportunidade de trocar conhecimentos e experiências.

sábado, 10 de novembro de 2007

Acertando o passo

Na quinta-feira, dia 08/11/2007, tivemos aula presencial de Música. Nesta aula pudemos, melhorar a nossa coordenação, um pouquinho. Trabalhamos com elementos fundamentais da música: ritmo, melodia e harmonia, parâmetros do som: intensidade, altura, timbre, duração e o tempo na música: compassos binário, ternário e quaternário. Foi muito esclarecedor, pois confundíamos alguns conceitos. Por exemplo ritmo X melodia, intensidade X altura. Fizemos boas atividades, literalmente, acertamos o passo! Sempre quisemos trabalhar música com os alunos, porém não tínhamos noção para fazê-lo. Assim, através das atividades desenvolvidas, podemos propor alguns exercícios que envolvam este aprendizado com os alunos.

Arte Contemporânea

Foi muito boa nossa ida a PoA ver a Exposição de Arte Contemporânea - 6ª Bienal do Mercosul.
Nosso grupo, realmente, é muito show! Aos poucos estamos nos integrando e isso da mais qualidade nas relações de estudo e de amizade.
Hoje, aprendemos a ver a arte com olhos mais reflexivos, ainda mais com o "anjo" Gabriel de guia...!

Na mostra Zona Franca, vimos obras individuais, A mostra dos trabalhos prima pela liberdade de critérios, sem limites geográficos, nem formatos, apenas apresentar projetos artísticos mais significativos da atualidade.
Percebemos a mensagem que o artista quis passar em suas obras, o que nos remete a idéia de várias atividades a serem realizadas com nossos alunos, usando o tempo e o espaço.

Na mostra Conversas, percebemos o diálogo existente entre as obras, as chamadas inter-relações artísticas e culturais entre o Mercosul e o Mundo. O curador convida um artista, este convida mais dois artistas que possam fazer uma relação com sua obra, por fim o curador escolhe mais um artista que faça uma relação - conversa com as demais. É muito interessante o sentido que "as conversas" existentes entre as obra nos provocam. Desta forma, penso que podemos realizar trabalhos com nossos alunos com o mesmo sentido - um diálogo -onde um conversa com a obra do outro.

Inclusive realizei alguns trabalhos com os alunos de 5ª a 8ª séries e depois vimos quais os possíveis diálogos existentes entre eles, os significados, as mensagens que podíamos tirar daquilo que estávamos observando. Os alunos gostaram muito da atividade, pois ela entrou em outros campos do conhecimento.

domingo, 4 de novembro de 2007

Usando Tags

Não tinha usado os tags antes, porque não sabia que eram os marcadores. Também não sei o que pensei sobre eles. Mas com certeza foi algo inacreditável e muito difícil. Ao contrário do que se pensa, fazemos o bicho maior do que é. Isto é preconceito. Precisamos nos oportunizar novos conhecimentos e não termer a tecnologia.

Currículo, Didática e Projeto Político-Pedagógico

Inicialmente pensava Currículo como a compreensão de todas as ações realizadas entre o pensar e o fazer, buscando uma relação do teórico com o prático, do que está dentro de quatro paredes com o mundo. Envolve uma gama de conhecimentos e habilidades. Vai desde a maneira como eu recebo meus alunos até a hora em que me despeço. Tudo o que acontece entre o “oi” e o “tchau” é afetividade, é solidariedade, é aprendizagem.

Percebo que Currículo vai mais além, pois é um percurso que realizamos a partir de um conjunto de disciplinas que deverão ser pensadas, organizadas, ministradas e agregadas aos saberes trazidos pelo aluno para transformá-los em conhecimento.


"O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de aprendizagem selecionados que devem dar lugar à criação de experiências apropriadas que tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema numa revisão constante, para que nele se operem as oportunas reacomodações" O currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática? Compreender e Transformar o Ensino. Porto Alegre, Armed, 2000:46.

Quando pensei em Didática como o fazer pedagógico, o processo de ensino-aprendizagem, onde se ensina algo, trabalha-se com intuito de fixação, faz-se uma relação com a realidade buscando uma aplicação, daí pela compreensão, aprende-se; ou a maneira como apresentamos o conhecimento ou que levamos o aluno a refletir sobre os conhecimentos apresentados levou-me a reflexão de que a Didática envolve a arte e a técnica de orientar a aprendizagem. Nesse sentido é importante antecipar a ação através do pensamento de como fazer, organizar o tempo de explanação e das atividades, propiciar um acompanhamento agradável, provocando reflexões, gerando desacomodação, levando o educando na busca do conhecimento e entendimento do mundo.

Há uma didática implícita na orientação do trabalho escolar, pois, de alguma forma, o professor se põe diante de uma classe com a tarefa de orientar a aprendizagem dos alunos. A atividade escolar é centrada na discussão do meio socioeconômico e cultural, da comunidade local, com seus recursos e necessidades, tendo em vista a ação coletiva frente a esses problemas e realidade. O trabalho escolar não se assenta, prioritariamente, nos conteúdos de ensino já sistematizados, mas no processo de participação ativa nas discussões e nas ações práticas sobre questões da realidade social imediata”. LIBÂNEO apud BOMFIN (1995, p. 83) in Pedagogia no Treinamento. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.

Projeto Político-pedagógico vem a ser todas as ações pensadas pela comunidade escolar, buscando melhorias tanto na parte física como na parte pedagógica da escola. Uma escola que não trabalha com projetos educacionais que visem uma integração com a comunidade, pode pensá-lo e realizá-lo. Mesmo porque é necessário que haja ações nesse sentido, integrar comunidade e escola.

“A autonomia da escola é, pois, um exercício de democratização de um espaço público (...) A autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar escola e famílias, é capaz de permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o que a caracteriza como uma categoria eminentemente democrática.” VEIGA, 2000. Página 99

São muitas as ações possíveis e palpáveis, porém devem ser pensadas por todos os segmentos da escola.

Vai desde ações pedagógicas a reformas e construções, sempre visando o bem-estar e a aprendizagem daqueles que usufruem a escola. Em tempos de inclusão, também é importante adequar o ambiente escolar a nova realidade.

Nele está contido a filosofia da escola e as funções de toda a comunidade escolar através de seus segmentos.

É um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, por quem, para chegar a que resultados. Além disso, explicita uma filosofia e harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a clientela. É a valorização da identidade da escola ... (grifo nosso) “VEIGA, 2000. Página 110”.

Assim, o Currículo e a Didática estão contemplados no Projeto Político-pedagógico, porque é necessário que a escola seja pensada como um todo e tenha sua função bem clara e descrita no PPP. Este Projeto Político-pedagógico deve ser o retrato fiel do pensamento de todas as pessoas envolvidas na escola. Da mesma forma, este documento não pode ser guardado ele precisa ser vivenciado, avaliado, redimensionado, sempre.

“O projeto político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária”.

“(...) Na dimensão pedagógica reside à possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.” VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1995.

domingo, 28 de outubro de 2007

Aprendendo com as limitações

Nestas duas últimas semanas não estive bem de saúde. Algo estranho aconteceu comigo. Não sei bem o que foi, mas estou investigando e tratando.
Nesse sentido, compreendi que nem sempre podemos fazer aquilo que queremos ou que precisamos fazer. Às vezes, é necessário dar um tempo, pois o nosso corpo dá sinais que nem tudo está bem, e que é hora de parar, fazer um descanso.
Assim, retomando minhas atividades vejo a importância da tabela do tempo que fizemos no início do ano. Ela nos garante a organização das nossas tarefas e do nosso tempo (nada de novo, não é mesmo?). Porém, isso não ocorre com as outras pessoas da escola, ou com a programação das atividades escolares. Eles ultrapassam o bom senso. Assim, vi a necessidade de organizar o tempo na escola também. Fiz um novo cronograma, adaptando novas atividades àquelas que inicialmente já desenvolvia com meus alunos.

Segunda-feira
Língua Portuguesa
Matemática
Música

Terça-feira
História e Geografia
Matemática
Informática

Quarta-feira
Língua Portuguesa
Matemática
Teatro

Quinta-feira
Ensino Religioso
Língua Portuguesa
Ed. Física e Ludicidade

Sexta-feira
Matemática
Literatura
Artes Visuais

Depois das atividades realizadas com eles, e também pelo sucesso que foi, sem sombra de dúvida, era necessário abrir um espaço para o desenvolvimento destas práticas.

domingo, 21 de outubro de 2007

Usando a Tecnologia

Antes, o professor do laboratório e eu, apresentávamos sites com jogos e atividades para as crianças passarem o tempo. Hoje temos uma visão diferenciada do uso do laboratório, mesmo por crianças pequenas.
Estive com meus alunos no Laboratório de Informática, porém naquele dia, a Internet não estava acessível. Então realizei uma atividade com eles no editor de texto - Microsoft Word - onde escrevi no quadro branco um prqueno texto sobre a turma. Pudemos trabalhar a digitação, pontuação, espaçamento, letra maiúscula, acentuação, parágrafo e troca de linha. Os alunos gostaram muito.
Como estão na 1ª série, a próxima vez, farão uma produção textual.
Ah! Depois eles salvaram os trabalhos cada um na sua pasta. Nem sempre jogar é a melhor opção, precisamos conhecer e saber usar a tecnologia.

sábado, 13 de outubro de 2007

Aprendendo com Arte

Antes eu usava o Paint para fazer desenhos e passar o tempo.
Mas na realidade, não usava as ferramentas adequadamente. Ao criar os desenhos, às vezes salvava, noutras excluia.
Com o trabalho solicitado na Interdisciplina Artes Visuais, sobre a obra "As meninas" de Diego Veláquez, precisei usar as ferramentas, ou melhor aprender a usá-las. Foi muito bom, pois aprendi mais sobre este programa e posso realizar atividades interessantes e criativas em cima de obras de grandes artistas.
O que fiz:
  • Copiei a imagem da obra "As meninas".
  • Resolvi, primeiramente, pintar por cima do desenho, não gostei.
  • Pesquisei no Google imagens de meninas, princesas, personagens de desenho animado. Não encontrei nada que chamasse minha atenção.
  • Voltei ao Paint e fiquei olhando por algum tempo a obra, tentando ver nas entrelinhas.
  • Então, recortei as figuras da Imfanta Margarida e do Cão.
  • Fiz um fundo utilizando as ferramentas disponíveis e cores vibrantes.
  • Colei as imagens, utilizei a lupa para dar um acabamento ao trabalho.
  • Escolhi uma fonte para assinar a obra.
Dei uma conferida e gostei do que fiz.

sábado, 6 de outubro de 2007

FORMANDO CONCEITOS

Hoje me encorajei a construir o conceito coletivo de evidências e argumentação.
Primeiramente, entrei no fórum e selecionei todas as postagens realizadas pelas colegas.
A seguir, garimpei as ponderações realizadas sobre evidências, salvando-as em outra página.
A mesma ação, realizei com as colocações feitas sobre
argumentação.
Então, fiz uma triagem, retirando termos semelhantes e realizando a construção do conceito. Espero que esteja a contento de todas. Inclusive acrescentei exemplos dados sobre cada conceito.
Antes, eu era mais individualista, quanto a construção ou realização de trabalhos, construção de conceitos. Isso acontecia, em virtude de que haviam muitas colegas que não colaboravam, ficavam nas costas das outras e ganhavam a nota igualmente. Então, preferia fazer o trabalho solo. Percebi que perdi muito conhecimento agindo dessa forma, pois centralizei o problema ao invés de resolvê-lo, de delegá-lo igualmente as demais colegas, na época. Hoje, entendo a importância do trabalho coletivo, visto que, são variadas as colaborações e experiências que podemos trocar, facilitando nossa aprendizagem e trabalho com os alunos, bem como para a vida.

domingo, 30 de setembro de 2007

Aprendendo 1

Antes, quando eu redigia as avaliações dos meus alunos, digitava os textos e as questões ou atividades, deixando espaço para colar as figuras (recorte e colagem manuais) e posteriormente, fazer cópias xerográficas.
À medida que vamos experimentando a tecnologia, descobrimos como formatar um texto, como anexar figuras do arquivo, colocar bordas, etc. E então, parece que tudo o que fazíamos antes tornara-se tão sem nexo. Precisamos ousar frente à máquina, buscando aprender em suas várias ferramentas e ambientes, qualificando nosso trabalho. Faz-se mister que façamos um acompanhamento da evolução tecnológica, pois nossos alunos também o fazem. Nesse sentido como é que vamos dar conta, frente à eles, dessas habilidades se nós mesmos somos resistentes a elas? Da mesma forma, essa evolução faz parte da nossa vida, do nosso dia-a-dia. São muitas as situações que envolvem nossa vida frente ao uso da tecnologia e se não fizermos esse acompanhamento iremos perder espaço para outras pessoas ou ficando dependente delas.

Fazendo o Blog dos Alunos

Criei um Blog para meu alunos onde postaremos nossas aprendizagens e apropriação da tecnologia.
Pedi a eles que trouxessem fotos para colocar no blog. As fotos já entregues foram digitalizadas e colocadas em um modelo de álbum.
Nunca tinha scanneado fotos, muito menos editado.
Isso, também não aconteceu porque não tinha acesso ao equipamento. Como adquiri uma máquina nova, junto veio uma multifuncional para eu fazer minhas experiências.
Penso que não foi tão difícil, pois tudo estava bem explicadinho. Espero que o Blog da turma fique legal e que eles gostem.
Olhem como meus alunos são bonitos. Aqui estão apenas alguns.


Ana Tainara, Kathleen, Andréia, Taís e Morgana.

Suelen, Morgana, Vinicius, Helen, Laíssa e Carlos Eduardo.

sábado, 29 de setembro de 2007

Argumentações e Evidências.

Passei por uma situação bem difícil, nesta quinta-feira passada, após aquelas aulas relaxantes e agradáveis.
O caso
Já em casa, me deparei com um problema que para mim foi muito sério: "meu micro pifou". Fiquei até umas 24 h buscando evidências concretas de que não haveria outra possibilidade, a não ser o conserto. Porém o conserto demoraria no mínimo uma semana.
Evidências
Já acontecera anteriormente, mais ou menos dois anos atrás, um problema com a placa de vídeo. A mesma foi substituída, porém, não resistiu. Apesar de ter um ótimo processador, ele era um computador básico, e muito usado para jogos, o que aos poucos foi "matando" ele. Após reiniciar o computador, buscando alternativas diferenciadas para a sua inicialização, o mesmo só abria no modo de segurança. Então, desliguei-o e fui dormir, muito chateada.
Passando os fatos - Sexta-feira, 28/09/07
Na manhã seguinte, acordei com a idéia fixa de adquirir um novo micro, uma vez que precisava muito dele para realizar as atividades do curso de Pedagogia e, também para atividades com os meus alunos. Não fiz outra coisa, saí da escola e fui fazer orçamentos nas lojas buscando um micro mais potente, que pudesse suportar tantas investidas. Trouxe os orçamentos para casa e deixei-os com minha filha, solicitando a ela que ligasse para mim quando o pai dela chegasse em casa, após o trabalho. Quando ela ligou, passou o telefone para ele e, então contei o ocorrido. Porém o mesmo, não estava muito determinado em adquirir um micro novo. Um gasto agora seria muito difícil. "E o que faremos com o outro? É lixo? Vocês já decidiram?"
Do outro lado da linha estava eu, terrivelmente desolada, e tinha que comprovar por a + b que era necessário e viável a aquisição do bem.
Argumentação
Precisei respirar fundo e iniciar as argumentações necessárias.
Falei que para mim era imprescindível ter o computador em casa, mais tardar no sábado. Pois as minhas atividades e postagens eram feitas diariamente e tudo era avaliado. Esclaresci que não tinha decidido nada, apenas tivera pedido para que ela ligasse para mim poder falar com ele. Que essa compra, realmente estava fora do orçamento e dos projetos, porém não tinha outra coisa a fazer. Quanto o outro computador, este seria levado para conserto e seria usado como micro alternativo, pois nele estão guardados muitas relíquias. Que precisaria da compreensão dele e que eu pagaria as prestações, religiosamente. Que era importante que eu pudesse realizar minhas atividades com tranquilidade, pois estou buscando um futuro melhor, com uma formação a nível superior e como não estava tendo despesas com o curso, que deveria investir em equipamentos e livros.
Resultado
Então ele foi com minha filha para ver os computadores. Quando não foi para minha surpresa, depois do horário da escola, estava eu no laboratório da escola, minha filha pediu que eu fosse a loja para ver os computadores. Chegando lá, acertamos a compra e o computador foi configurado para mim e entregue no sábado, às l4 horas.
Fizemos a instalação e estou digitando nele este texto.

Obs.: Claro, que dei muito mais ênfase, entonação de voz ao telefone para convencê-lo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Driblando os Percalços

No final da tarde, fui às compras.
Comprei um micro novo.
A partir de amanhã, penso que não vão existir mais problemas "técnicos".
Quanto as dificuldades com a tecnologia, estou vencendo etapas, pois vou me apropriando de algumas ferramentas, antes não exploradas.
Tenho dificuldades com o slide show, porém não uso com freqüência este recurso. Para sanar esta dificuldade é necessário que eu realize mais atividades, como organizar minhas fotos.

sábado, 22 de setembro de 2007

CONCEITOS

Uma evidência

é tudo aquilo que pode ser usado

para provar que uma determinada afirmação

é verdadeira ou falsa.


ARGUMENTAÇÃO

Desenvolvimento de um raciocínio

com o fim de defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista,

para convencer um oponente,

um interlocutor circunstancial

ou a nós próprios.


Evidências e Argumentos:
Apesar de todas concordarmos, de que evidência deve ser algo provado, indiscutível. Ficou claro, que as evidências usadas para condenar o réu no filme não eram tão “evidentes” assim. Geraram dúvidas e a partir dessas surgiram algumas argumentações.
Então surge a seguinte questão: até onde uma evidência deve ser considerada, sem sombra de dúvidas? Será que um passado traumático condena um ser humano a cometer crimes?
Bem, ficou mais que provado que tal evidência, neste caso, não foi suficiente para tal.
O interessante é que a partir das argumentações passamos a buscar recursos para sustentá-las ou que provem o contrário.