terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ida à FACED - POA - Encontro no RI



Fiquei, à princípio apreensiva, pois só havia eu do Pead Sapiranga, depois chegaram a Jéssica, a Janete e o Edson. Mas apesar disso, os colegas peadianos são muito divertidos e estão à mil.
Já as professoras... rsrsrs
são demais, muito atenciosas e estão prontas para nos auxiliar no que precisarmos.
Adorei o passeio. Não vou muito a POA, mas precisando a gente se vira.
Este intensivo promete.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Professor do Futuro

No livro Professor do Futuro e Reconstrução do Conhecimento, Pedro Demo faz algumas reflexões que considera relevantes para o processo ensino-aprendizagem. Ele fala que a escola é o mais importante caminho para a construção de conhecimento. É nela, que o nosso cérebro é estimulado a trabalhar com o conhecimento que possuímos anteriormente de freqüentarmos uma instituição escolar, porém, esse processo somente obterá êxito se o aluno realmente compreender o tema e a sua importância, de modo que ele possa tornar-se não apenas um sujeito integrante, mas também interativo.
O autor ressalta que não é possível promover aprendizagem em sala de aula se o professor não tiver total domínio do conteúdo, sem precisar recorrer constantemente nos livros didáticos que apresentam respostas prontas e únicas para os exercícios, também afirma que quem estuda com quem não estuda jamais aprenderá estudar.
Demo diz que o livro didático suprime a voz e as inquietudes do aluno não deixando revelar o cidadão que queremos. O poder do livro didático como discurso de verdade, enfatiza o conteúdo como um exercício de reprodução e não de formação e/ou criação. Então ele fala que é preciso proporcionar ao aluno atividades que possibilitem estimular seu raciocínio, trazendo as atividades mais perto possíveis da realidade do educando.
Pedro Demo também faz uma classificação significativa de nove requisitos básicos para que o professor construa o perfil do professor do futuro, ele deve ser pesquisador; formulador de proposta própria; capaz de por em prática a teoria e teorizar a prática; ser atualizado permanentemente em seu conhecimento; aperfeiçoar-se também nos meios tecnológicos; tornar-se interdisciplinar; deve ter mestrado; ser engajado com a cidadania; Professor do futuro é aquele que sabe “fazer” o futuro.
Pedro Demo fundamenta suas teorias dizendo que: fizeram futuro as sociedades que souberam pensar, as sociedades que souberam produzir e usar de modo inteligente as energias de conhecimento, a versatilidade autopoética da aprendizagem, a indocilidade da educação.

Docência com Sensibilidade

Muito se fala em educação pela sensibilidade, pela observação. Isso acontece muito pouco. Somos transmissores de conhecimento e não aproveitamos o tempo para trabalhar o resgate do desejo nos nossos alunos. Se olharmos o mundo de uma forma investigativa, partindo de uma práxis onde nossa ação-reflexão-ação se dá através da parceria com os demais colegas e alunos, buscaríamos juntos as soluções para os problemas. E isso provocaria mais desejo e esse desejo também provocaria a necessidade e o prazer de saber mais, produzindo conhecimento.
Mas tudo isso é muito bonito, no papel! O professor precisar ter paixão pelo trabalho que realiza, também precisa saber os porquês das coisas, ser curioso. Só assim nossos alunos verão e sentirão que não são só palavras ao vento, mas ocorre uma cumplicidade no trabalho docente.
Somos o espelho de nossos alunos, bem como seus pais. Tudo que falamos deve ser coerente com o que fazemos.
Quando estimulamos nossos alunos, devemos levar em consideração os cinco sentidos, pois o aluno é inteiro, não partes. Então, aguçando, fazendo perceber a realidade através do olhar sensível, levaremos esse aluno a uma aprendizagem significativa.

Projeto de Aprendizagem

Quando nos empreendemos na realização do projeto Camaleão, eu e a Giovana, nos empenhamos para realizar um bom trabalho. Mesmo superando as dificuldades de tempo para os encontros on line, acabamos nos perdendo. Eu porque fiquei doente, e por consequência dos gastos, sem dinheiro e sem internet.A Giovana acabou passando por um conflito familiar, culminando num trabalho não realizado
A PA é um trabalho que visa a solução de problemas e desenvolve um processo de construção de conhecimento.
Discutindo sobre hipóteses, certezas e dúvidas, vamos ponderando e chegando a um denominador comum, que venha caracterizar o pensamento do grupo.
Da mesma forma as pesquisas feitas foram esclarecedoras para vários mitos existentes.
Na época cheguei a fazer um avatar no bitstrips da Giovana:.
Mesmo que o trabalho não fora concluído tivemos contato com a formulação da questão de investigação, fazendo a coleta de informações, a coleta de dados, as entrevistas, as enquetes, também fazer a análise de dados, a elaboração de sínteses (respostas com evidências e argumentos e a elaboração e reelaboração de mapas conceituais.
O primeiro mapa nós fizemos a caneta e eu passei por email para a Giovana. Era um modelo de base para montarmos os outros.


Claro que ficou, algo no ar, inacabado. penso que seria interessante retomarmos e terminarmos o trabalho ou mesmo iniciar outro.
Apesar de tudo houve aprendizagens do que precisamos fazer e do que não devemos fazer.

Primando pelos temas transversais

Há algum tempo, a educação deixou de ter caráter unicamente pedagógico e teórico.
Busca-se transmitir valores sociais e transformar as pessoas em cidadãos conscientes e éticos.
Não basta criar profissionais, o importante é dar base para que cada um se torne uma pessoa de bem. Os preceitos oferecidos nos dias de hoje por escolas e universidades podem transformar vidas.
A preocupação com o aspecto social é tão grande que, além de se aprofundar em questões éticas e passar para frente noções de respeito ao próximo e solidariedade.

Trabalhar com projetos protagonizados pelos estudantes traz como beneficio um corpo estudantil que tem a oportunidade de ficar mais consciente e aprender lições que serão usadas não apenas na vida profissional, mas também na pessoal. Não basta ter a intenção de incluir os estudantes nos projetos e incutir neles a idéia de cidadania. É necessário que eles se sintam parte do projeto, e por conseqüência, parte da sociedade.
Daí o porquê de um trabalho tão prazeroso.
É preciso despertar nos alunos o espírito crítico e o olhar observador.
Cada docente e seus pares devem prever um trabalho de resgate dos valores, com opções para a prática de solidariedade, companheirismo, cooperação e protagonismo.

Vida Adulta

Parece que a vida adulta muitas vezes é como uma fase de estabilidade, caracterizada pela maturidade. No entanto, esta fase é marcada por várias transições e transformações.

As transformações físicas mais evidentes ocorreram no período da adolescência, tendo também nesse mesmo período, o indivíduo ‘construído’ a sua própria identidade.
Muitos pensam que a vida adulta é uma etapa de estabilidade, onde a personalidade do indivíduo não sofre alterações. E que o adulto é concebido como alguém que sente mal pela mudança, onde este não está disposto a realizar grandes alterações e, em particular, não está inclinado para novas aprendizagens.
Penso que estas características não se aplicam a todas as pessoas e a todas as fases da vida adulta.
Assim como existem pessoas que sempre estão inovando em qualquer que seja a idade na qual se encontram, existem aqueles que se entregam para o sedentarismo. Isso vai de pessoa para pessoa. Existe todo um contexto que está caracterizado nessa forma de viver. Claro que quanto mais dinâmica e esclarecida seja a pessoas, mais tempo de vida ela terá.
Precisamos sair do marasmo e vivermos mais em grupo trocando experiências.

Políticas Públicas

A questão do financiamento da educação é ponto relevante para todas as pessoas que primam por uma escola pública de qualidade. Este financiamento demanda uma quantidade significativa de recursos para as escolas. O financiamento é razão determinante para que a educação alcance um nível mais elevado de qualidade. Para isto, os recursos previstos para a educação e a sua aplicação (em especial a municipal), são necessários e imprescindíveis, pois é de grande importância para os estudantes possuírem uma escola pública de qualidade e capaz de oferecer um ensino competidor e que acompanha o seu tempo, fazendo a diferença na comunidade onde se encontra.
Entendemos que, o financiamento dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais é causa determinante para que a educação alcance um melhor nível de qualidade, possibilitando ao educando e ao profissional da área de educação subsídios para se alcançar benefícios comuns à educação. Esperamos sempre que nossos governantes invistam cada vez mais na Educação, pois com certeza, é a partir dela que se darão as grandes transformações da sociedade.
Com relação aos resultados, podemos dizer que o que já parece senso comum, nossa educação não vai bem, diminuíram o número de escolas, matrículas e de professores. Os recursos existem, mas muitas vezes não chegam às escolas. O que esta acontecendo? Outra situação são quanto ao quadro de professores e funcionários, em todos os anos acontece a mesma história, nunca está completo. Deve-se prever com antecedência e suprir as necessidades antes que o ano letivo se inicie. Outra questão são os professores de apoio, que há muito tempo não existem mais e que são imprescindíveis. Nas esferas mais altas do governo há gente empilhada e ganhando muito bem. Nas escolas há necessidade do básico e nem isso nós temos.
A qualidade também passa pelo atendimento, se não tem pessoas, não tem atendimento, não tem qualidade.

Trabalho e Educação

A sociedade sofre grandes transformações na esfera política, econômica e social, exigindo um trabalhador mais capacitado, dinâmico, reflexivo e polivalente, capaz de atuar na realidade social. A sociedade evolui de um período onde o trabalhador deveria ser especializado em uma determinada função, realizando tarefas pré-determinadas pelos seus superiores, para um período em que a dinamicidade e a formação do trabalhador é fator de sobrevivência.
Com essas transformações a escola é desafiada a repensar seu papel diante o meio social, formando alunos mais capazes para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e condutas que facilitem o enfrentamento de situações dinâmicas. A escola deve preparar o aluno para a comunicação em massa, para resolver problemas práticos utilizando conhecimentos científicos, buscando se aperfeiçoar continuamente com responsabilidade, criatividade e criticidade.
A preocupação com a formação cidadã do educando necessitaria ser uma das preocupações primordiais da escola. Um novo ano se inicia, esse seria um bom tema para ser discutido com o grande grupo na escola, objetivando nosso trabalho docente.

Adaptando a Inclusão

Uma das coisas mais interessantes que aconteceu comigo na escola foi o trabalho com crianças com NEEs diagnosticadas e não diagnosticadas. Por se constituírem de possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos, as adaptações curriculares, caem no nosso planejamento como algo que garanta aos alunos com NEEs a participação integral em um ambiente rico de oportunidades educacionais e com resultados favoráveis.
Existem professores que "não aceitam" e não entendem sobre as implicações que um trabalho desse caráter na vida da escola.
Todo o trabalho bem planificado com ações docentes bem fundamentadas através de critérios que a definem, possibilitará a promoção dos alunos.
Também as ações bem como as necessidades da escola para atender os NEEs devem estar previstas no PPP.
O que se pretende é a busca de soluções para as necessidades específicas do aluno e, não, o seu fracasso dentro do processo ensino-aprendizagem.
Precisamos estar cientes que as adaptações devem ter como foco as capacidades, o potencial e não as deficiências e limitações do aluno.
Assim, apesar que muitas pessoas discordem, essa é a única maneira de garantir que os NEEs não sejam excluídos. Dá trabalho? Dá. Mas também muita satisfação.

Divagando sobre qualidade de ensino

O processo educacional, a melhoria pedagógica e o compromisso social têm que caminhar juntos. Um bom ensino por parte do professor não é sinônimo de uma boa aprendizagem por parte dos alunos. É imprescindível melhorar qualitativamente o ensino nas suas formas didáticas e na renovação e atualização constante dos conteúdos.
Educar não é apenas ensinar, mas criar situações de aprendizagem nas quais todos os alunos possam despertar, mediante sua própria experiência do conhecimento. A escola não pode ser vista como uma transmissora de conhecimentos, mas como uma organização que propicia vivências caracterizadas pelo aprender a aprender. Através da flexibilidade na forma de administrar este conhecimento e acompanhada de uma ética social democrática, a escola passa a ser centro por excelência em criar situações de aprendizagens, promover a desacomodação e o protagonismo entre seus alunos, na busca por soluções aos inúmeros problemas que vivemos no dia-a-dia.
O compromisso ético-político do educador deve revelar-se na excelência pedagógica e na colaboração para um clima de esperança no próprio contexto escolar
A questão da qualidade está intrinsecamente ligada a uma educação fundamental que lhe proporcione os meios para a satisfação de suas necessidades básicas de aprendizagem no que se refere a competências mínimas e flexíveis.

Desenvolvimento e Crise

O desenvolvimento garantiu ao mundo moderno grandes realizações.
A caminhada empreendida pela humanidade em busca de progresso e desenvolvimento em todas as áreas, chegou hoje a uma grande crise.
Foram muitas descobertas importantes e realizações que permitiram conforto e bem-estar a todos, tanto na tecnologia como na saúde, habitação, economia, política, educação e tantas outras.
Mas essa gama de desenvolvimento tem suas conseqüências. Digamos que tornou-se o ser humano mais individualista, egocêntrico. Tudo isso fez com que o homem deixasse de ser solidário, acreditando que bastava a si próprio e com isso, frustrando-se, tornando-se mais infeliz nas suas relações com as pessoas e com o mundo.Toda essa modernidade não tem sentido se não temos o outro com quem trocar.
A felicidade está naquilo que podemos fazer e viver, em virtude da solidariedade, do outro.
Se o homem conseguir alçar vôo através de uma retomada de consciência (tanto individual como coletiva) promovendo a transformação , a reconstrução a partir das sobras, todo esse embate terá tido valia.
Aí entra a educação. O que nós professores ensinamos aos nossos alunos?
O novo milênio nos propõe um desfio: o resgate da espiritualidade.
Durante anos de história da humanidade nos deparamos com avanços e retrocessos, separações, disputas, pilhagens, reconstruções. Ao desenvolver a mente o homem esqueceu da sua unidade com todas as coisas.
Houve uma grande divisão da humanidade: por relações, interesses, educação, crenças, política, condição humana, religião, desenvolvimento,etc.
Ter espiritualidade não está ligado a pertencer a uma religião. Muito pelo contrário. Para se ter uma religião é preciso antes ter espiritualidade, e isto , é muito mais amplo e se relaciona com todas as coisas e relações. Precisamos repensar nossa pirâmidade de valores, nossa vida, nosso trabalho, nossas relações, nossa ação-reflexão, nossos objetivos para chegarmos ao papel de uma pessoa espiritualizada, logo um professor também espiritualizado.
Precisamos viver inteiramente, despertar valores profundos, aproximar mais dos reais motivos da educação, do próprio ser.
Um professor espiritualizado aproveita as oportunidades de crescimento que a vida lhe oferece a todo instante e vai crescendo junto com o outro.É um ser sensível, empreendedor, colaborador e responsável.