A música faz parte de nossa vida desde que estamos no ventre da mãe. Ouvimos e reagimos a ela.
Após o nascimento, conhecemos um repertório novo e ele vai fazendo parte de nossa vida, da vida da nossa família. Arriscamos alguns passos e cantamos imitando os grandes.
É música em casa, na TV, no carro, na rua, nas lojas, em épocas de festas, a do carro do gás, e assim vai.
Quando entramos na educação infantil aprendemos um repertório novo, com músicas escolhidas a dedo, para nosso desenvolvimento. Também nos divertimos com as brincadeiras de roda cantada.
Aprendemos a dançar e cantar músicas de acordo com as datas comemorativas. Reproduzimos algumas canções dos apresentadores de programas infantis ou de propagandas. Cantamos e bailamos.
O tempo vai passando e vamos recebendo a influência da mídia através das músicas mais tocadas e badaladas. Nossos pais acham isto muito bonito. Até compram os CDs que tanto queremos.
Acompanhamos novelas, seriados, minisséries, festivais. Muitas músicas nos chamam a atenção.
Ficamos adolescentes e rebeldes, gostamos de nos isolar. Agora é só rock.
Mas como tudo na vida passa e nós não vivemos sozinhos, aprendemos a gostar de bailão para acompanhar o namorado ou para “pegar uns corpos” como dizem.
Depois, durante a velhice, ficamos com os “recuerdos”.
Mas qual tipo de música, realmente, eu gosto? Eu conheço todos os tipos de música? O que é música, afinal?
A música tem grande importância na nossa vida, pois quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, a criatividade, inclusive dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta atividade com os alunos em sala de aula.
Tanto a música quanto a dança atuam no corpo despertando emoções, com isso ela equilibra as mudanças que ocorrem no nosso corpo, interferindo na receptividade sensorial e minimizando os efeitos de fadiga ou levando a fruição do aluno.
Sabe-se que a expressão musical exerce importante papel na ludicidade das crianças, ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, promove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética.
“A música como sempre esteve presente na vida dos seres humanos, ela também sempre está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de criação e recreação”. FARIA (2001, p. 24), A música, fator importante na aprendizagem. Assis Chateaubriand – Pr, 2001.
As crianças gostam de acompanhar as músicas com movimentos do corpo, tais como palmas, sapateado, dança, volteios de cabeça, etc.
E a partir da relação entre o gesto e o som que a criança, ouvindo, cantando, imitando, dançando, constrói seu conhecimento sobre a música.
O educador, antes de transmitir uma cultura musical, deve conhecer o universo musical ao qual a criança esta inserida e propiciar atividades relacionadas com a descoberta e com a criação de novas formas de expressão.
Uma aprendizagem voltada somente para os aspectos técnicos da música pode ser fadada ao caos. Mas, se ela despertar o senso musical e desenvolver a sensibilidade, está sim será significativa.
A criança, até certo ponto, reproduz a própria história do desenvolvimento: ela cresce em seu conhecimento da música, descobrindo sons e ritmos, desenhando, experimentando e confeccionando instrumentos.
A música pode contribuir bastante para que ela se relacione com o mundo e seus semelhantes, expressando seus sentimentos e demonstrando como percebe seu meio.
“A música é uma linguagem expressiva e as canções são vínculos de emoções e sentimentos e podem fazer com que a criança reconheça nelas seu próprio sentir” (ROSA, 1990, p.19) ROSA, Nereide S. Santana. Educação musical para pré-escola. São Paulo: Ática, 1990.
O professor pode trabalhar a música em todas as áreas da educação, favorecendo a linguagem motora, o raciocínio, a memorização e a atenção. O simples ato de cantar propiciará esse desenvolvimento na criança.
A música tem papel fundamental no desenvolvimento e na formação do ser humano.
Estudiosos como Piaget e Jean Jacques Rousseau, ressaltam a importância da música na construção do conhecimento.
Luckesi nos agracia quando diz que o educando por ser um sujeito ativo, e pela ação, ao “mesmo tempo se constrói e se aliena”; é o sujeito que faz uma reflexão sobre sua ação, em busca de conhecimentos, habilidades e modos de agir.
O aluno não vai à escola para confirmar o que já sabe, mas sim para qualificar e alcançar níveis diferenciados para sua formação e cultura.
Por isso, temos que ter o cuidado e estar atentos sobre quais valores e tradições culturais devemos incluir nas atividades e quais devem ser excluídas; sobre quais as formas de conhecer e de aprender devemos privilegiar.
“Saber o que selecionamos e o que os alunos selecionam faz parte da nossa função de educar e aprender” (SOUZA, 1988, p.18) SOUZA, Jussamara. Transformações globais e respostas de Educação Musical. IN: Anais do 6º Simpósio Paranaense de Educação Musical. Apostila de musicalização na educação. Londrina, 1997.
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As crianças são atraídas pelo que lhes dá prazer, lhes causa excitação, e a escola precisa, por meio desse eixo, atrair constantemente os educandos para o mundo escolar e criar métodos que causem neles esse impacto da fruição em aprender.
Igualmente, faz-se necessário repensarmos nosso fazer pedagógico em busca de novas alternativas, para que a escola não perca seu encanto nem sua musicalidade.
Um comentário:
Oi, Maria Lúcia!
Você construiu ótimos aprendizados, parabéns!
Um abraço, Sheila
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